Desacelerar não é sinônimo de se alienar


Por Rizzo Miranda

Diante de tragédias, transformações rápidas e urgências no mundo, é comum que cada vez mais pessoas - e aqui me incluo - queiram ir um pouco mais devagar na correria do dia a dia. Mas veja bem, ir um pouco mais devagar não significa deixar de se ater e se preocupar com as questões globais e mesmo aquelas que estão ali, do lado da sua bolha, desde que ela seja transparente. Com seus prós e contras.

E isso não sou eu quem está dizendo, mas sim os curadores da 10ª edição do relatório "The Future 100", que apontou que esse comportamento é comum nas populações da Argentina, Brasil, China, Colômbia, França, Índia, México, Reino Unido e Estados Unidos. Entre os temas que mais preocupam os consumidores estão o custo de vida, mudanças climáticas e proteção do planeta, violência e crime, além de questões exclusivamente de saúde como estresse, doenças mentais e efeitos da poluição.

Como profissional da área de comunicação, deixo essa luz acesa para meus colegas e também para as marcas: é cada vez mais necessário que as empresas observem (e sigam!) o comportamento das pessoas e se engajem genuinamente com causas sociais, ambientais etc. Fechar os olhos para essas questões ou, pior ainda, tentar desconversar, não é um caminho esperado mais... Os consumidores estão cada vez mais preocupados e querem ver as marcas agindo diante das responsabilidades que têm em diversas questões.

Como consumidora, reforço a mensagem anterior e digo que sim, estou atenta e me interesso mais pelas empresas que sabem de suas responsabilidades. E quando digo responsabilidades, refiro-me a olhar para os impactos negativos que suas atividades geram e se esforçar para mitigá-los e virar o jogo.

Nunca nos foi exigido tanto ao mesmo tempo, mas - como gosto de dizer - para hackear o sistema é preciso se colocar no centro da questão e, com consciência, observar toda a situação e pensar nos caminhos para transformá-la.

Como você tem percebido esse movimento por aí?

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