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Artigos, ideias e leituras para se atualizar.

Comunicação Interna Que Funciona

Comunicação Interna Que Funciona

Por Maria Claudia Bacci

Como anda a comunicação interna por aí? Dar conta dos pedidos de todas as áreas da sua empresa tem sido desafiador?

Pois é, eu sei. Em anos de experiência em comunicação, as questões da Comunicação Interna sempre foram uma das principais dores que vi nos negócios. E é por isso que esse é o tema dos posts gêmeos meu e da minha sócia, Rizzo Miranda – quando publicamos dois conteúdos sobre o mesmo assunto para você ter reflexões em dobro. Aqui, vou falar um pouco do nosso jeito bowler de organizar a Comunicação Interna, no post dela, você vai conhecer algumas tendências para potencializar os resultados.

É sempre bom reforçar que a Comunicação Interna é fundamental para os negócios, além de ser um fator que humaniza e aproxima, ajuda a consolidar a identidade da marca.

Mas, para funcionar bem, a palavra-chave é "ordem”, também conhecida como governança. É essencial ter organização de ponta a ponta em todos os processos, do pedido de demanda à mensuração. Alguns passos importantes:

1. Criar uma matriz geral de temas prioritários com claro impacto no negócio.

2. Desenhar uma matriz metodológica para definir escalas de importância nos seguintes eixos: conteúdo x plataforma x formato x público.

3. Ter uma governança documentada.

4. Trabalhar com briefing assertivo, daqueles bem detalhados.

E, como mencionei, vale a pena conhecer as tendências para melhorar a Comunicação Interna da sua empresa. Veja algumas no post da Rizzo Miranda.

*Conteúdo também disponível no LinkedIn.

Tendências em Comunicação Interna

Tendências em Comunicação Interna

Por Rizzo Miranda

Quem trabalha com comunicação sabe que, em muitas empresas, a Comunicação Interna é aquele assunto que dá frio na espinha. O RH que o diga. Não foi à toa que eu e minha sócia, Maria Claudia Bacci, resolvemos compartilhar algumas visões que temos sobre o tema nesta nova rodada dos nossos posts duplos.

No perfil dela, a Maria Claudia falou, em linhas gerais, sobre a metodologia bowler para organizar essa área. E aqui, vou trazer algumas tendências que vale a pena ficar de olho e colocar em prática para potencializar a Comunicação Interna.

Começo com alguns dados de uma pesquisa realizada neste ano pela Aberje, apontando os principais desafios da área e que podem refletir sua realidade. Olha só!

- 64% das empresas afirmam que o maior desafio da comunicação interna é engajar lideranças como comunicadores.
- 49% acham difícil comunicar estratégia e cultura.
- 46% têm problemas em fazer a comunicação chegar aos públicos operacionais.
- 43% têm problemas em gerenciar o excesso de informação no negócio.

Você pode encontrar algumas soluções seguindo os pontos que a Maria Claudia colocou na publicação dela. E há também algumas tendências que podem melhorar os resultados, como:

💡Personalização da comunicação com a equipe para potencializar a transparência e autenticidade, garantindo que cada membro se sinta valorizado e compreendido.
💡 Utilização de colaboradores influenciadores como porta-vozes de determinados temas.
💡 Conteúdos interativos para promover a participação ativa do time, com mais engajamento, identificação, compreensão e retenção de informações.
💡 Fortalecimento da comunicação entre equipe e lideranças, apostando em reuniões one-a-one, lives e encontros.
💡 Capacitação em comunicação para gestores.

Agora, tem uma que vale 5 estrelas! Uma regra de ouro: tenha uma escuta atenta, acolhedora e de bom senso sobre as pessoas.

Sua empresa já segue algumas dessas tendências? Você tem algum outro caminho que ache interessante para essa área? Me conta nos comentários.

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Gestão de Crise: O que fazer quando ela surgir

Gestão de Crise: O que fazer quando ela surgir

Por Rizzo Miranda

Surgiu ou está surgindo uma crise por aí? Se você já conferiu os pontos essenciais que a Maria Claudia Bacci mencionou no post dela, saiba que isso já é um bom começo para mitigá-la. Ah! Não sabe quais são esses pontos? É só ler o post da minha sócia.

Como ela mencionou por lá, o tema desta rodada dos nossos posts gêmeos - série de publicações em que uma complementa a outra em um assunto e você tem informações em dobro - é gestão de crise reputacional. No post dela, Maria Claudia falou sobre como se preparar para uma possível crise e aqui eu falarei sobre o que fazer quando o problema surgir. Vamos lá?!

Crises são o combustível mais feroz da comunicação e devoradores vorazes de reputações. Mas temos um jeito para atravessar esse problema. Sem a pretensão de esgotar o tema aqui, claro.

1. Mantenha a calma e avalie a situação olhando muito para os dados. Neste momento, todas as informações que você tiver poderão fazer a diferença. Isso inclui dados do monitoramento das redes com alcance, engajamento, polarização etc.

2. Coloque em prática o plano de comunicação de crise, focando em quais mensagens serão comunicadas, como e quando. É fundamental priorizar a comunicação, transparência e respeito com os stakeholders.

3. Tão importante quanto saber o que comunicar é manter uma comunicação frequente e, se possível, proativa. E com porta-voz bem definido.

4. Uma crise sempre impacta pessoas, por isso é indispensável ter empatia. Além disso, se possível, ofereça algum tipo de suporte.

5. Continue monitorando e faça os ajustes necessários no plano de comunicação conforme a crise se desenrola.

Quando tudo passar, fica uma lição valiosa: o que a empresa aprendeu com a crise? O que deu certo e o que poderia ter sido feito melhor? E trabalhe o SEO!

Essas informações serão essenciais para melhorar a comunicação como um todo e representam uma rica experiência para uma possível próxima crise.

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Gestão de Crise: Como se preparar

Gestão de Crise: Como se preparar

Por Maria Claudia Bacci

Se há um tema em que eu e a Rizzo Miranda, minha sócia, temos tido experiência ao longo dos anos, é gestão de crise. Já fizemos de tudo: Copa do Mundo, crise de segurança pública - reconhecida por um Leão em Cannes -, passando por cancelamento de marcas e grandes acidentes de impacto na sociedade.

Competência para gestão de crise requer tempo de estrada e, em mais de 30 anos, tiramos alguns aprendizados que valem compartilhar!

Sobre isso preparei este post gêmeo com a Rizzo Miranda em que eu falo um pouco aqui e ela complementa em outro post lá no perfil dela. Vou contar o que deve ser feito ANTES da crise, enquanto a Rizzo abordará o que é necessário fazer assim que ela surgir.

Como crise não marca horário e não manda um invite, precisamos estar prontos, caso surja:

1. Mapear antecipadamente as potenciais crises, seus graus de criticidade, e estar preparado para cada uma delas.

2. Investir em um manual de crise customizado que especifique processo e governança para as crises mapeadas.

3. Pré-definir seu arsenal para agir. Por exemplo, ter "na manga" porta-vozes, ferramentas e canais, assim como um fluxo que realimente as decisões a partir dos desdobramentos. E, ainda, como interagir com a mídia, influenciadores, público interno e demais stakeholders.

4. Preparar a comunicação para lidar com a mídia e demais públicos de forma alinhada e coerente. Para proteger a reputação de uma marca, é fundamental saber se comunicar em diferentes momentos e por diferentes canais.

3. Monitorar e analisar as redes sociais e outros canais de comunicação para identificar e responder rapidamente aos eventuais desdobramentos.

Um ponto muito importante é que as crises estão cada vez mais surgindo dos chamados whistleblowers, os denunciantes. 28,8% das crises nascem de quem está mais próximo à marca (pesquisa Institute Crises Management 2023), então é crucial, por exemplo, olhar para a comunicação interna com a mesma atenção que se dá à comunicação externa.

Vai lá agora no post da Rizzo para ver como dar os primeiros passos.

E me conta nos comentários o que você acha que mais tem gerado crise nas empresas?

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O Caminho para evitar o retrabalho está no que a gente faz

O Caminho para evitar o retrabalho está no que a gente faz

Por Maria Claudia Bacci

Entre 15% e 40%: esse é o percentual assustador do tempo gasto em retrabalho nas agências, de acordo com o COR Report 2024.

Os impactos possíveis? Desgaste na relação agência/cliente, tempo e custo acima do orçado e, o mais crítico, qualidade aquém do esperado.

O mais intrigante disso tudo é que o caminho para a mudança está exatamente no que nós fazemos: comunicação.

Alinhar objetivo e expectativa previamente demanda um tempo que precisa ser investido. Não à toa, valorizamos cada segundo das reuniões de briefing e de onboarding. Fazemos muitas perguntas, somos provocativos e chegamos juntos às respostas. Afinal, um dos modos da bowler de agir é "construir em conjunto". Pode parecer detalhe, mas antes de começar um projeto, somos minuciosos e investimos tempo em cada etapa do processo. E documentamos tudo, isso também é comunicação.

Parece óbvio, mas é exatamente por ser óbvio que muitas vezes não há a atenção necessária e o resultado entra em estáticas negativas, como a do início desse texto.

Aquela máxima de que "tudo comunica" também se aplica aos processos do dia a dia, que fazem a engrenagem girar. Também chamado, por aqui, de 'gestão de detalhes'.


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Desacelerar não é sinônimo de se alienar

Desacelerar não é sinônimo de se alienar

Por Rizzo Miranda

Diante de tragédias, transformações rápidas e urgências no mundo, é comum que cada vez mais pessoas - e aqui me incluo - queiram ir um pouco mais devagar na correria do dia a dia. Mas veja bem, ir um pouco mais devagar não significa deixar de se ater e se preocupar com as questões globais e mesmo aquelas que estão ali, do lado da sua bolha, desde que ela seja transparente. Com seus prós e contras.

E isso não sou eu quem está dizendo, mas sim os curadores da 10ª edição do relatório "The Future 100", que apontou que esse comportamento é comum nas populações da Argentina, Brasil, China, Colômbia, França, Índia, México, Reino Unido e Estados Unidos. Entre os temas que mais preocupam os consumidores estão o custo de vida, mudanças climáticas e proteção do planeta, violência e crime, além de questões exclusivamente de saúde como estresse, doenças mentais e efeitos da poluição.

Como profissional da área de comunicação, deixo essa luz acesa para meus colegas e também para as marcas: é cada vez mais necessário que as empresas observem (e sigam!) o comportamento das pessoas e se engajem genuinamente com causas sociais, ambientais etc. Fechar os olhos para essas questões ou, pior ainda, tentar desconversar, não é um caminho esperado mais... Os consumidores estão cada vez mais preocupados e querem ver as marcas agindo diante das responsabilidades que têm em diversas questões.

Como consumidora, reforço a mensagem anterior e digo que sim, estou atenta e me interesso mais pelas empresas que sabem de suas responsabilidades. E quando digo responsabilidades, refiro-me a olhar para os impactos negativos que suas atividades geram e se esforçar para mitigá-los e virar o jogo.

Nunca nos foi exigido tanto ao mesmo tempo, mas - como gosto de dizer - para hackear o sistema é preciso se colocar no centro da questão e, com consciência, observar toda a situação e pensar nos caminhos para transformá-la.

Como você tem percebido esse movimento por aí?

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O que não funciona para Thought Leadership.

O que não funciona para Thought Leadership.

Por Rizzo Miranda

A Maria Claudia Bacci em seu post de hoje deu o "caminho das pedras" para o tema de Thought Leadership. Se você leu, com certeza já entendeu isso. Vou complementar a linha de raciocínio dela e você fica com informações e reflexões mais amplas. 😉


O Thought Leadership é uma estratégia para alinhar a conversa dos C-levels com a da marca. E, como Maria Claudia bem disse no post dela, destacando o que funciona, esse tipo de comunicação tem sido cada dia mais importante, pois, mais do que saber sobre as empresas, as pessoas querem conhecer quem está por trás delas.

Aqui vou contar cinco coisas que NÃO funcionam para a comunicação de executivos e que devem ser evitadas para que a estratégia não tome um rumo contrário e acabe até por gerar uma crise. Vamos lá?

1 - Posts genéricos que se encaixariam no perfil de qualquer pessoa, ou aqueles que parecem mais anúncios ou autopromoção sem valor informativo diferenciado. Conteúdo que vai fazer diferença no conhecimento de alguém.

2 - Conteúdos sobre temas polêmicos sem aderência à liberdade de expressão. Eles podem ser mal interpretados e gerar danos na reputação profissional do(a) executivo(a).

3 - Linguagem técnica em excesso que pode distanciar parte da audiência que não está familiarizada com os termos usados.

4 - Conteúdo desatualizado ou que não esteja alinhado com as tendências atuais podem gerar uma percepção negativa de que o(a) C-level não está atento(a) ao cenário atual.

5 - Não responder aos comentários ou não interagir com os seguidores, que, além de afetar o engajamento, também pode passar a imagem de “pessoa distante” do público.

Assim como acontece com as marcas, cada passo dado tem que ser pensado e analisado, pois mais do que colocar em xeque a reputação pessoal do(a) executivo(a), está envolvida também a imagem da marca que ele(a) atua.
Finalizando, queria deixar o alerta: esse tema deve ser planejamento e executado por profissionais. Na bowler consideramos TL parte fundamental do NewPR.

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O que funciona para Thought Leadership

O que funciona para Thought Leadership

Por Maria Claudia Bacci

Lembra do post gêmeo que fiz com minha sócia Rizzo Miranda? Este é mais um da série. O meu conteúdo complementa o dela e vice-versa!

Dessa vez, aqui e também no post dela, falaremos sobre Thought Leadership, já que os perfis de c-levels passaram a ser parte integrante das marcas, como canal e conteúdo qualificado.

Com a experiência para dezenas de executivos de diversos setores, trago cinco pontos que, pela nossa vivência aqui na bowler, tem funcionado. Olha só!

No meu post vou falar sobre o que dá certo, já a Rizzo sobre o que evitar.

1 - Encontrar o melhor match entre o executivo e a marca. Achar o ponto de conexão entre ambos para criar conteúdos autênticos que tragam o olhar pessoal do(a) executivo(a), mas com o que a marca precisa comunicar

2 - Ter uma linha editorial clara, assim como uma marca faz; para ser estratégico e equilibrar o peso dos temas trabalhados

3 - Trazer insights que tragam mais a personalidade e traduzir isso em conteúdo, desde que faça sentido para a estratégia corporativa

4 - Não esquecer do visual. Sempre trabalhar com fotos e vídeos, gráficos informativos que ajudem a entregar a essência do conteúdo por meio de imagens

5 - Se fazer presente. Assim como é importante ter constância nas publicações, é essencial responder e incentivar as interações, já que o intuito também é gerar aproximação da marca, por meio do c-level, com os diferentes públicos.

Cada vez mais as pessoas passam a acompanhar o perfil de executivos como uma forma de conhecer mais sobre uma empresa. As redes de uma liderança funcionam como um double check para os canais oficiais dos negócios, por isso é indispensável que toda essa comunicação esteja alinhada. E se você quer saber o que não funciona corre lá no post da Rizzo Miranda.

Agora me conta aqui quais executivos (as) você gosta de acompanhar.

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Diálogo Entre Gerações no Mercado de Trabalho

Diálogo Entre Gerações no Mercado de Trabalho

Por Maria Claudia Bacci

Um cenário de distância e silêncio nas organizações afeta a Comunidade Interna: as diferentes gerações não têm se comunicado 😱

Com cinco diferentes gerações atuantes no mercado de trabalho, os desafios da Comunicação Interna vão muito além da troca entre empresa e colaborador.

Pesquisa recente do LinkedIn mostra que uma em cada cinco pessoas da GenZ não falou com ninguém da sua empresa com mais de 50 anos no último ano, e cerca de 40% dos funcionários com mais de 55 anos não tiveram nenhuma conversa com um(a) colega da Geração Z. Dados assustadores!

E sabe o que chama mais atenção nesse estudo? Que os mais jovens até sabem do valor dessa troca, mas esperam que ela seja promovida pela empresa.

Se você está com essa questão de comunicação interna por aí, eu diria que o primeiro passo é movimentar as lideranças para promoverem, incentivarem e PARTICIPAREM dessas conversas intergeracionais.

Inspirada em algumas dicas que li no “The Shift”, da minha querida amiga Cristina De Luca deixo aqui algumas perguntas que podem dar caminhos para mudar esse ambiente de isolamento:

1- Quais são os padrões de comunicação de cada geração e que impacto têm gerado?

2- Sua empresa promove ações e encontros intergeracionais que valorizam as experiências e conhecimentos de cada uma?

3- As tecnologias usadas no trabalho facilitam a comunicação entre elas?

4- Existem projetos em que pessoas de diferentes gerações colaboram?

Como mostra a tirinha, ser a tecla “SAP” entre as gerações é um papel importante da Comunicação Interna para promover o engajamento, o propósito comum e criar mais oportunidade de aprendizagem para todas as pessoas.

Tem alguma dica boa que pode ajudar na comunicação entre gerações? Me conta nos comentários.

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O Efeito Bowler

O Efeito Bowler

Por Maria Claudia Bacci

“Agora estamos sob o efeito bowler”. Recebi esse feedback de uma cliente na semana passada, após uma reunião com o CEO da empresa. Ela quis dizer que a “régua havia subido” e que, agora, toda vez que se referia a algo estratégico, o executivo propunha: “Procurem um parceiro como a bowler”. É um retorno positivo e tanto!

Não quero, aqui, ser ou parecer arrogante, mas - ainda bem - escuto com certa frequência que na bowler somos diferentes e temos a capacidade de ter um diálogo muito estratégico e focado no que realmente vai mexer o ponteiro dos negócios. Faz parte do nosso modelo mental - um híbrido de agência e consultoria.

E, sempre que isso acontece, eu volto no tempo e me lembro de quando criamos as nossas quatro essências. Uma delas, a "Ser genuíno em contribuir. Indicar o que o cliente precisa e não o que ele quer ouvir," explica a fala desse CEO. Nossa visão, ao criar a bowler, era de que seria necessário ter uma contribuição de muito valor para as empresas, independentemente do que o cliente havia contratado ou brifado.

Então, não nos limitamos a oferecer os serviços e produtos que temos por aqui, mas sim fornecemos o que realmente importa para que a estratégia funcione. E, sem indicar, necessariamente, o que está na nossa prateleira, mas o que precisa ser feito.

Essa característica, aliada à postura de "barriga no balcão" que eu e meus sócios Rizzo Miranda e Eduardo Severi temos, é o que nos diferencia. A evolução que sua marca e cliente tanto buscam estão nas trocas que você talvez ache que não é do seu papel fazer.

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Todos Estão Preparados para o "Chronoworking"?

Todos Estão Preparados para o "Chronoworking"?

Por Maria Claudia Bacci

Qual horário você prefere trabalhar? De manhã ou no silêncio da madrugada?

Há alguns dias vi por aí uma matéria falando sobre o modelo de trabalho “chronoworking”, que, basicamente, é trabalhar em um horário que você naturalmente é mais produtivo(a). E aí eu logo pensei na bowler. Por aqui, já funcionamos assim desde que nascemos!

O “trabalho cronológico” é uma forma de dar autonomia para as pessoas gerenciarem seu tempo e equilibrarem melhor o lado profissional com o pessoal, potencializando o bem-estar e, consequentemente, a produtividade e a criatividade.

Mas temos os pés no chão e sabemos que para atender clientes e parceiros precisamos estar disponíveis no tradicional horário comercial. Então prevalece o bom-senso, com liberdade e responsabilidade.

Com o celular na mão e o laptop na bolsa, podemos trabalhar de qualquer lugar e em qualquer horário. E é aqui que a responsabilidade bate na porta e pede autoconhecimento. É preciso que cada um se conheça, saiba quais são as facilidades, dificuldades e necessidades da sua rotina, do seu “eu” para se organizar e priorizar o que é necessário no momento certo.

É muito interessante e positivo ver que o universo do trabalho está saindo do quadrado, que as pessoas passam a ter opções para atuar em lugares que elas podem ser quem são e dar seu melhor.

E aqui entra a questão da educação de base, com a importância do pensamento crítico em se reconhecer no cenário, que minha sócia Rizzo Miranda aborda na continuidade deste post “gêmeo” que criamos. Complete sua leitura deste post aqui.

Mas já deixo uma questão: será que todos estão preparados?

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A Educação Digital e o Pensamento Crítico

A Educação Digital e o Pensamento Crítico

Por Rizzo Miranda

Você tá vindo lá do post da minha sócia Maria Claudia Bacci? Este aqui?

Pois eu vou continuar ampliando o que ela citou como educação de base.

Quando pensamos em educação, com certeza vem à mente sala de aula, livros, professores ou, até mesmo, a relação de crianças com seus pais e parentes em casa. Mas hoje, além disso, existe algo que tem um impacto gigante no desenvolvimento da nova geração: a tela, ou que está nela. Logo, as redes sociais.

YouTube, TikTok, Instagram e até jogos que permitem interações, fazem parte do dia a dia de adolescentes e crianças que, além de se entreterem, também estão “aprendendo” no mundo on-line. Aprendem uma linguagem, a usar ferramentas digitais, hacks de plataformas e uma cultura diferente, claro. As crianças portuguesas falando português brasileiro ilustra bem (deixei um link no comentário).

E agora vem a pergunta. Isso é bom ou ruim?

E aí eu penso no Ezra Pound e o seu ‘ABC da Literatura’. No livro ele classifica os homens que fazem a diferença em 3 categorias: os “Inventores” são os que se empenham em criar um trabalho original e romper convenções; os “Mestres”, aprimoram o processo; e os diluidores, são os tipos que apenas absorvem certas ideias dos dois perfis, mas não são capazes de realizar algo original.

A dinâmica de conteúdo nas redes é de diluidor. Sem dúvida. O que viraliza, na sua maioria, é replicação.

Diante disso, vemos a perda de espaço para a formação e educação de base, sem o que ficam comprometidos o desenvolvimento de habilidades básicas como leitura, escrita e, especialmente, o pensamento crítico.

Isso faz muita diferença diante de tantas informações e, infelizmente, gera muita desinformação. Gera miopia sobre cenário em que se vive. E, mesmo, distopia…

E conhecimento de base de boas fontes “criadoras” e “inventoras” do modelo Pound também faz falta para o desenvolvimento pessoal e o autoconhecimento.

Neste ponto, como bem iniciou este post a minha sócia Maria Claudia Bacci (já leu lá no perfil dela?) incluir maior clareza para se desenvolver no trabalho flexível, com uma vida com mais bem-estar, qualidade e equilíbrio. Isso é ser criativo e inventivo!

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Reputação e o Novo Vídeo da Apple

Reputação e o Novo Vídeo da Apple

Por Rizzo Miranda

Aquela velha expressão continua sendo boa: que tempos esquisitos, amigos… vi o último filme da Apple que lança o iPad novo. Para mim, a marca sempre foi um exemplo de bom gosto! Pode até existir… mas não lembro de nenhuma má conduta reputacional. E o bom gosto, sabemos… é do DNA da turma de Cupertino.

Mas o referido filme me deu uma “pancada!” E olha que não está fácil lidar com as manchetes. O problema é o contexto da marca. Ela já até pediu desculpas pelo filme. Admite que errou “na mão” e limitou a peça ao que já tinha sido feito (mas na web onde tudo fica muito maior e cauda longa, o estrago tá eternizado… ).

Finalizando, queria mencionar que achei o filme um dos mais violentos que já vi até agora. Poderia até ser exagerada essa afirmação se eu considerasse apenas a parte simbólica: uma prensa que vai, literalmente, esmagando símbolos de produção artística como instrumentos musicais, esculturas e tinta. Mas tem mais: é uma sequência destrutiva com uma cena destaque que me deu bastante agonia: a do emoji da foto que ilustra este post. Gente… quem aprova uma coisa dessa?!?

Será que estou sendo rigorosa demais? O que acharam?

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Um Lugar Chamado "Inspira" com Marcelo Minutti

Um Lugar Chamado "Inspira" com Marcelo Minutti

Por Rizzo Miranda

Nosso “Inspira” de hoje tem “alugado” belos espaços nas mentes de muitas lideranças! Expert no tema, Marcelo Minutti é craque em inovação (e não só!) e está sempre 2 passos à frente: nos eventos, na sala de aula (Insper Ibmec) e em mentorias. Aqui ele não aluga espaço… ele ganha o quanto quiser. E nos inspira!

Rizzo:

No SXSW , que teve IA no centro das conversas, o que você diria que mais o impressionou sobre o impacto no mercado de marketing e comunicação?

Minutti:

Percebo um horizonte onde a IA não apenas redefine, mas eleva as possibilidades de conexão entre as marcas e seus públicos. A experiência vivenciada no SXSW ampliou minha compreensão sobre a magnitude dessa transformação. A IA transcendeu o status de novidade tecnológica para se tornar um elemento central na estratégia de qualquer profissional da área. Me atrai a capacidade efetiva de personalizar a jornada do consumidor com uma precisão cirúrgica, transformando interação em experiência única e memorável. Esta nova era de comunicação personalizada, alimentada por dados e análises preditivas, não apenas aproxima marcas e consumidores mas também instaura um novo paradigma na eficácia da comunicação em tempos líquidos e hiperconectados.

Simultaneamente, a revolução da automatização em grande escala que acompanha a IA introduz uma reconfiguração do trabalho humano, destacando a necessidade premente de adaptabilidade e aprendizado contínuo entre profissionais e empresas. A era atual nos desafia a transcender o convencional, incentivando uma sinergia entre criatividade humana e eficiência algorítmica, onde a estratégia e a inovação se tornam os pilares fundamentais para qualquer iniciativa de comunicação.

Rizzo:

Após furacão da pandemia, o que você projeta de diferenciais para lideranças, o que, na bowler chamamos de “C-Level as Brand.” O que um CEO não pode deixar de fazer pensando em que ele é a marca?

Minutti:

Esta evidente que a adaptabilidade e a projeção para o futuro são atributos fundamentas. Em um mundo que continua a se transformar a um ritmo acelerado, líderes são chamados a ser mais que navegadores dessas mudanças; eles devem ser faróis, iluminando o caminho com visão, inovação e uma capacidade inabalável de mobilização. A autenticidade, neste cenário, se torna essência da conexão humana, um meio pelo qual líderes podem inspirar confiança, fomentar lealdade e cultivar um sentido de propósito compartilhado entre suas equipes e audiências.

Neste contexto de liderança, fomentar um ambiente que privilegia o crescimento, o aprendizado e a inovação não é apenas uma estratégia; é uma necessidade. Os líderes de hoje devem se posicionar não apenas como gestores ou estrategistas, mas como mentores, defensores da cultura organizacional e arquitetos de um futuro onde suas equipes e clientes possam prosperar. Assim, a liderança se redefine, abraçando a complexidade do mundo moderno com uma combinação de resiliência, empatia e uma visão clara do legado que deseja criar.

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  Um Lugar Chamado "Inspira" com Karina Meyer

Um Lugar Chamado "Inspira" com Karina Meyer

Por Rizzo Miranda

Você vai parar 2 minutos para ler as respostas do “Inspira” de hoje. Mas tenho certeza que vai querer um mundo de tempo para usufruir das reflexões da Karina Meyer. É assim, ela te conquista em segundos. Quando a vi em reuniões por Teams, isso mesmo, naquelas insuportáveis janelinhas onde mal se vê o rosto da pessoa (menos ainda o olhar) me encantei pela maneira especial como ela conduzia (conduz) pequenos detalhes da conversa. Mesmo em temas de alta complexidade. Uma força de inspiração que ela gera para o time. E para quem está ao redor, como eu. Karina é Diretora de Marketing da VR e tem uma jornada lindíssima, incluindo The Body Shop e Kantar. Toda reunião com ela (sim, ela é nossa cliente!). Que sorte!

Rizzo:

O volume de dados do SXSW é brutal. Mas há sempre aquela informação que você pensa: isso eu quero muito ver acontecer, isso tem a ver comigo!. O que você colocaria nesse lugar?

Karina:

A experiência do SXSW é transformadora, tanto do ponto de vista pessoal quanto profissional, muito se falou de Inteligência artificial e o impacto que veremos na sociedade nos próximos 10 anos, apesar de tanto medo e preocupação sinalizado em cada debate, eu prefiro sempre ter um olhar mais otimista em momentos como esses e acreditar que temos uma oportunidade como sociedade de convergir o lado humano com a tecnologia, principalmente frente a dois aspectos: Pensamento Crítico e Impacto Social.

Da perspectiva do pensamento crítico, se conseguirmos de fato olhar a IA como uma ferramenta de ganho de eficiência, teremos um tempo precioso de volta e poderemos nos dedicar com mais qualidade em expandir e aprofundar o nosso conhecimento sobre temas, que hoje olhamos de forma superficial. Vivemos em uma sociedade adoecida de informações, sem critérios, sem julgamentos e refém dos algoritmos que moldam nossas opiniões. Recuperar tempo e transformá-lo em conhecimento profundo nos tornará melhores líderes, profissional e seres sociais. Para isso acontecer as conexões humanas, as experiências, o fortalecimento das comunidades serão chave nesse momento. Isso nos trará de volta a capacidade de construir narrativas e estórias que nos diferenciam das máquinas e nos fortalecerá de forma individual e coletiva. Essa reconexão com o humano pode inclusive diminuir os danos de problemas relacionados a saúde mental, que são reflexos de uma sociedade individualista e solitária.

Por outro lado, a transformação impulsionada pela IA pode acelerar as desigualdades sociais ou se tornar uma ferramenta potente para diminuí-la. Hoje ainda enfrentamos um cenário de racismo algorítmico, exclusão digital e trabalhos operacionais que podem ser substituídos por IA em grupos menos favorecidos, que podem ficar ainda mais marginalizados. Usar a IA para identificar mecanismos e forma de reduzir esses gaps sociais pode ser uma grande entrega para o futuro de uma sociedade mais justa.

Rizzo: Qual é a pessoa que você ouviu lá que mais te inspirou e que você recomendaria que a gente acompanhasse, ficássemos atentos?

Karina:

A palestra mais incrível, sem sombra de dúvidas, para mim foi a dos Daniels (diretores do Filme Tudo ao mesmo tempo agora): Why We Tell The Stories We Tell, não apenas pela narrativa potente e o formato do storyteeling construído, mas principalmente pelas provocações feitas em relação ao papel da IA versus o que nos torna mais humanos que é a nossa capacidade de contar histórias. Ela está disponível no YouTube na íntegra.

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A Relação Radical das Pessoas com o Consumo de Informação

A Relação Radical das Pessoas com o Consumo de Informação

Por Maria Claudia Bacci

O jornalismo está aí para contar histórias. E no futuro próximo, mais do que nunca, essa habilidade aliada a uma dose extra de sensibilidade será crucial para levar informação com mais emoção e despertar os sentidos, segundo o "Tech Trends Report 2024" do Future Today Institute, apresentado por Amy Webb no SXSW.

A tendência do jornalismo sensorial se baseia no crescimento de dispositivos digitais imersivos, e pode trazer consigo o debate sobre a manipulação e a credibilidade da informação.

Ela também destaca dois extremos na relação com o consumo de informação: de um lado, pessoas que acompanham as notícias de forma desenfreada e, do outro, aquelas que se desligam completamente. Comportamentos radicais que já modificam o cenário da comunicação.

Report aqui.

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Uma provocação sobre o Tech Trends Report 2024 de Amy Webb

Uma provocação sobre o Tech Trends Report 2024 de Amy Webb

Por Rizzo Miranda

Hypado ou não, o SXSW é um momento crucial para quem quer se aproximar e se manter antenado com o que acontece no universo da inovação. Acompanho com atenção esse vai e vem e tenho duas absolutas constatações: repete-se muita coisa. Isso acontece com evento anual desse porte. Mas, por outro lado, sempre tem um frescor que merece ser observado. Claro, difícil é achar essa corrente de frescor nessa galáxia informativa.

E como falar de inovação e SXSW sem mencionar Amy Webb (goste-se ou não dela...) ? Não à toa ela se mantém dentro dessa trend mais fresquinha e não tem segredo: quem trabalha com dados vai sempre ter mais atenção. Mesmo quando é um futurista. Bola de cristal não gera dados... sorry. Este ano ela veio com o conceito de "superciclo de inovação" no seu esperado Tech Trends Report 2024 do Future Today Institute. Obviamente ela aponta que Inteligência Artificial (IA) pauta tudo e é o centro da maioria das previsões dela. Até aqui nada novo:  o report mostra que IA  impacta a maioria (se não todas) as Indústrias. Ok, ok....

Claro que vamos falar muito de IA. Mas isso está dado. Gostei mais do foco em biotecnologia, com promessas de inovações que vão da saúde à sustentabilidade. Fica bom para uma área que ainda precisa refletir muito em cima dos danos “coronials” que ainda instigam nossas rotinas.

Mas o que quero deixar de provocação é:  ao mesmo tempo em que fazemos uma viagem ao futuro, discutimos ética e sustentabilidade. Um cabo de guerra em looping, pois quando um lado avança, o outro precisa se igualar. E o que está em jogo é a transformação da vida como a conhecemos. A minha. A sua!... Estamos discutindo tudo, vivendo o FOMO (sim, só piora...) mas a pergunta a ser feita é: como indivíduos não precisamos reconhecer até onde queremos ir!?

Claro que muita coisa acontecerá de forma "natural" no nosso dia a dia, mas outras estarão na sua decisão, cara liderança!

Sim, inovação é necessária, mas tem lado, sabia? Qual o seu? O meu é experimentar de alma aberta mas ter saudáveis conversas com meu anjo da guarda, meu guru predileto quando penso em qualidade de vida, privacidade e FOMO detox.

Na imagem você confere como as tendências tecnológicas têm impactado as indústrias. E o report completo deixei nos comentários.

*Conteúdo também disponível no LinkedIn.

O Termômetro da Cultura Organizacional

O Termômetro da Cultura Organizacional

Por Maria Claudia Bacci

Diz o ditado: "Por fora bela viola, por dentro pão bolorento.”

A ideia aqui não é comentar sobre a aparência de ninguém... ou melhor, é sim! Vou falar sobre as marcas que priorizam fortalecer sua reputação para quem está da porta para fora. A estratégia perfeita para dar errado é negar uma afirmação que sempre faço: “Não existe comunicação interna”. Tudo sai para o ambiente externo.

Nesse contexto, a cultura organizacional transborda e ajuda a criar a imagem que o mercado tem de uma empresa. Uma responsabilidade que começa na liderança, mas se estende a todos.

É a partir dos C-levels que as crenças, valores e o jeito de ser e se comportar começa a cascatear. E cria nos colaboradores a primeira percepção de imagem de uma marca. É a mesma lógica de um post que fiz outro dia, em que eu dizia que não separamos as pessoas das marcas e vice-versa. Falar de gestão reputacional, também para dentro das organizações, é perceber que cultura e reputação se conectam, elas conversam o dia todo pelos corredores.

Na bowler toda vez que eu falo das essências que compõem a nossa cultura, eu reforço que ali está descrita a maneira como nos relacionamos não só para dentro, mas para fora também. Aqui, as quatro essências estão literalmente emolduradas. E - o melhor - estão presentes no dia a dia, na relação entre os bowlers, clientes e parceiros. Eu me orgulho tanto de perceber essa roda girar e refletir tudo que fazemos e entregamos.

Se você quer saber mais sobre nossas essências, elas estão nesse post: https://lnkd.in/dVNrKZM7
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Um Lugar Chamado "Inspira" com Liliane Rocha

Um Lugar Chamado "Inspira" com Liliane Rocha

Por Rizzo Miranda

Acompanhar o quanto a liderança de Liliane Rocha é importante e potente na conversa social sobre Diversidade e Inclusão nos dá aquela boa sensação de continuar aprendendo. E que ações, mais do que nunca, são tão necessárias quanto o pensamento. Nosso "Inspira" faz só duas perguntas a seguir. Mas depois invista seu precioso tempo e acompanhe a jornada dessa super líder!

Rizzo:

Direto e reto, Liliane, hoje, o quanto as questões de  Diversidade & Inclusão- e tudo que isso significa para a sociedade -  efetivamente melhoraram? Estamos nos livrando da “síndrome da efeméride”?

Liliane:

Primeiro adorei “síndrome da efeméride”. Acho que é bem isso mesmo que define a tratativa de empresas (e grandes) em relação à diversidade e inclusão, ESG e outras pautas importantes. Na Gestão Kairós - Consultoria em Sustentabilidade e Diversidade temos um estudo que chama “Diversidade, Representatividade e Percepção”, feito entre 2019 e 2021, com 26 mil respondentes. Um estudo feito com empresas que são referência . E digo que são referência porque são aquelas que em meio a uma pandemia, no contexto de extremismo globais e nacionais e tudo o mais, seguiram se preocupando com a temática de diversidade e inclusão, inclusive a ponto de fazer um censo de diversidade.

Esse estudo aponta uma média de 32% de mulheres no quadro funcional, 33% de negros e quando a gente olha a intersecção gênero e raça são 8,9% de mulheres negras, 5,9% de lésbicas, gays e bissexuais, 0,4% de pessoas trans e 2,7% de pessoas com deficiência. Então quando a gente olha o quadro funcional dessas empresas vê uma tremenda sub representatividade em relação à demografia da sociedade brasileira. A gente sabe que no Brasil a gente tem 52% de mulheres, 56% de negros, 10% de homossexuais (segundo escala Kinsey) . Os estudos apontam 7% de pessoas com deficiência, se pegarmos só deficiências severas. Ou 25% se pegarmos todas as deficiências.

Então quando a gente vai olhando cada um desses marcadores a gente pensa … nossa, como a diversidade tá sub representada dentro das grandes empresas... E quando a gente olha o recorte de liderança, nível gerente e acima, o quadro se torna mais crítico. Somente 25% são mulheres, 17% são negros, na intersecção gênero e raça, 2,6% de mulheres negras, 3,4% de lésbicas , gays e bissexuais e 0,7 (nem 1% ) de pessoas trans. E isso se repete no quadro funcional e na liderança.

Respondendo sua pergunta, me parece que não. Quando a gente olha os números a gente percebe que tem muito campo para avançar de forma consistente, concreta e potente. Inclusive para que pessoas como eu e você, consigamos ver essas mudanças ainda na nossa geração, em vida.

Rizzo:

Onde estão suas principais apostas hoje para que as conversas inclusivas gerem impacto real na sociedade?

Liliane:

Eu tenho um termo. Eu sou detentora oficial no Brasil do termo “Diversitywashing” (lavagem da diversidade). Eu chamo atenção para o fato que as empresas entenderam que públicos - dentro dos marcadores de diversidade, portanto mulheres, negros, pessoas com deficiências, LGBTQIAP+, 50 anos ou mais - são consumidores. Então passaram a fazer produtos, ter serviços e campanhas para essa parcela da população sem de fato estar trabalhando gestão para a diversidade da porta pra dentro, fazendo contratação, retenção, desenvolvimento e promoção dessas pessoas. E que tenham uma governança voltada para todas as pessoas, incluindo as que tem, como chamamos, marcadores de diversidade. Então a minha grande aposta hoje é que as empresas  - o walking your talk da Carolyn Taylor - façam de fato o que dizem que estão fazendo. Que na mesma medida que elas comuniquem produtos, serviços e campanhas para mulheres, negros, pessoas com deficiências, LGBTQIAP+, 50 anos ou mais, também realizem, internamente, ações eficazes, consistentes e constantes para essa parcela da população.

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Religião, Diversidade e Inclusão nas Empresas

Religião, Diversidade e Inclusão nas Empresas

Por Rizzo Miranda

Você sabe qual é a religião das pessoas que trabalham com você?

Essa pergunta incomoda? Não deveria... talvez seja essencial observar a resposta. Digo isso porque é possível que as pessoas que têm suas crenças conhecidas nos corredores das empresas sejam aquelas que “destoam” da maioria.

"Mas o que é a maioria?"

De acordo com o último censo do IBGE de 2010, os católicos e os evangélicos são a maioria no Brasil, com cerca de 64% da população seguindo a primeira religião e 22% a segunda. Esses dados provavelmente mudaram, uma vez que o resultado da pesquisa realizada em 2022 ainda não foi divulgado.

E temos um fato crítico pois, infelizmente, o número de denúncias de intolerância religiosa registradas no Disque 100 - serviço do governo - aumentou de 615 em 2018 para 1.418 em 2023, incluindo situações ocorridas no ambiente profissional.

Ao longo da minha vida, principalmente na infância acompanhando minha mãe, tive uma jornada absolutamente sincrética. Íamos na igreja católica, espiritismo, umbanda e outras. Hoje, me sustenta demais a minha fé na "Nazinha" (licença espiritual para tratar Nossa Senhora de Nazaré com a intimidade dos que se falam todo dia num diálogo que me é imprescindível).

Participar do Círio de N. Sa de Nazaré faz parte da minha história, da minha cosmovisão. Essas vivências me trouxeram uma abordagem plural da fé, me tornando mais respeitosa com as diversas crenças e culturas. Percebi que a religião pode ser um caminho para o autoconhecimento e conexão com o divino em dimensões bem específicas para cada pessoa, uma busca que vale a pena demais.

Introduzir essa temática nas empresas é promover Diversidade e Inclusão. O diálogo é a chave para quebrar preconceitos e estigmas, melhorando o clima organizacional e demonstrando interesse genuíno em contribuir para a construção de uma sociedade mais tolerante e respeitosa. Conhecer, além das questões técnicas, as pessoas com quem você trabalha é fundamental para humanizar e permitir a construção de uma marca com mais olhares.

Ah, vale dizer que pratico hoje o espiritismo kardecista. Minha mãe e Nazinha sempre acharam isso muito bacana. E eu penso que o universo me entende bem nessa diversidade. E eu gosto disso e me faz muito bem.

Vídeo: feito por mim durante o Círio 2023, em Belém, Pará, Brasil.

Foto: Fabricio Colene - Círio de Nazaré

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