Você faz parte de uma empresa-Uber ou de empresa-Táxi?


Todo os dias somos absorvidos por uma enxurrada de informações, algumas novas, outras nem tanto. Algumas delas já até ouvimos falar, mas ainda não tivemos o tempo ou a capacidade de entender e absorver. A informação sobre uma nova tecnologia, uma aplicação ou nova plataforma geram curiosidade, criam uma vontade de aprender, entender e, por fim, de avaliar a capacidade de realização dentro do negócio e da estratégia de comunicação e marketing da empresa.

No entanto, no minuto seguinte nos vemos de volta às nossas multi-telas, com aquele incômodo presente e pensando em como achar tempo e meios de viabilizar o novo, equilibrando um dia a dia cada vez mais sugador. Será que vale o esforço? As empresas têm dinâmicas de gestão capazes de assimilar o que se apresenta como oportunidade de mudança? De se permitir, experimentar e ainda observar com naturalidade o erro? Creio que há um descompassado entre o que surge e a capacidade; não técnica, mas de gestão, de assimilar o que está à serviço dos negócios pelas novas tecnologias. 

Por que a inovação aparece como um mantra dos dias atuais, se ainda não somos capazes de usar o que se tem para transformar em algo palpável? Há um abismo entre as novidades tecnológicas e as inovações em práticas de gestão, e o timing e a capacidade de absorção e reação das empresas. O gap é grande e se dá porque as organizações ainda não mudaram seus modelos de gestão dos negócios e de pessoas. Para os que mudaram (poucos) as suas práticas, é mais fácil lidar com o impacto das transformações. É necessário que se estabeleça, começando pelos primeiros líderes, um modelo que legitime o pensar em voz alta, o agir sem medo.  Sem intermediários, nem hierarquias restritivas. Não acho que seja ausência de  informação ou visão, mas falta atitude prática para mudar. Fico pensando que queremos ser o Uber, mas ainda agimos como Táxi.

E você? Como acha que podemos acelerar e diminuir essa distância?